segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Aldeia do Cavaquistão

Cavaco ou a queda dum mito...


A REVISTA VISÃO de 13 de Janeiro traz uma belíssima
reportagem sobre a Aldeia do Cavaquistão.


Na aldeia da Coelha, Algarve, Cavaco Silva tem por
vizinhos Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, para além de Catroga, seu
ex-ministro das Finanças e outros correligionários ligados à SLN/BPN..
(sim, BPN).


Trata-se de um loteamento que nasceu e cresceu à sombra de
muitas empresas e off-shores.
A escritura do lote do Presidente da República não se
encontra no Registo Predial de Albufeira. A matriz não consta nem dos
registos da Conservatória do Registo Predial de Albufeira, nem do cartório
notarial (recentemente privatizado) daquela sede de concelho algarvio. O
Presidente da República não se recorda nem da data nem do notário e local onde
assinou a escritura.
Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador
de Cavaco, diz que a propriedade foi adquirida "através duma permuta com
um construtor civil".
O Lote 8 está registado em nome de Maria Yolanda
Oliveira Costa, a ex-mulher do criador do BPN, Oliveira Costa. (Transmissão
feita à mulher depois de ter rebentado o escândalo do BPN)
Carapeto Dias, assessor de Cavaco em S. Bento, quando ele
era Primeiro Ministro, adquiriu com outros sócios, duas sociedades offshore que
controlaram a empresa que promoveu a Urbanização da Coelha. As offshores tinham
sede em Gibraltar.
Foi esse assessor que fez o convite a Cavaco para ele
adquirir um lote, onde viria a construir a casa da Gaivota Azul.
Dois anos depois, o lote 8 era comprado por Oliveira e
Costa. Segundo a investigação judicial ao BPN, o banqueiro terá pago a casa com
verbas do próprio banco, via Banco Insular de Cabo Verde, ou seja, sem gastar
nada de seu.
Desconhece-se o valor por que Cavaco Silva comprou o lote e
a casa, por não se saber o paradeiro da escritura.

Outro vizinho de Cavaco: Catroga.


É preciso perguntar:


Na RTP Cavaco declarou-se um "mísero professor".
Entre 1995 e 2005 não desempenhou cargos públicos e não entregou declaração no
TC., As acções do BPN escapam, assim, ao crivo.
Não se sabe o valor por que foi transacionada a moradia da
Coelha.
Cavaco não se lembra do valor, nem do notário, nem do local
onde foi celebrada a escritura.( Que estranho para quem quer estar à frente dos
destinos da NAÇÃO !)
Os vizinhos de Cavaco na aldeia da Coelha são, na sua
esmagadora maioria, ex-administradores da SLN/BPN.
Agora, para quem apregoa e tanto preza uma imagem de rigor,
credibilidade e transparência, estes factos deitam tudo por terra.
E é este cidadão que, segundo as sondagens, voltará a
ser Presidente da República?
A imprensa não tem dado qualquer relevo a esta reportagem
da Visão.


Também é sintomático...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A familia dos CAVACOS...

Aníbal a descoberto.
A Ilustre " Família dos Cavacos ",  já esqueceram ?!


O MONSTRO

Se os portugueses não tivessem memória curta e tivessem sido leitores
do Expresso teriam dado por uns artigos de Cavaco Silva que, segundo o
próprio, alertavam para o risco de Portugal chegar à situação em que
estamos. Mas esses mesmos portugueses recordar-se-iam igualmente da
última vez que o FMI esteve em Portugal, em 1983. Nesse tempo o grande
problema da economia portuguesa era o mesmo que enfrentamos
actualmente, a sua competitividade externa agravada agora por um
contexto internacional menos favorável e por uma dívida pública e
privada que consomem uma parte cada vez mais significativa da riqueza
produzida pelo país.
Tal como agora os jovens não tinham emprego e no meu caso a situação
era agravada pelo estigma de ter tirado a licenciatura do ISEG, os
anúncios de empregos excluíam os que se tinham licenciado naquela
escola, os senhores da Universidade Católica (por onde andava o
Cavaco) e da Nova (onde o Cavaco se baldou até ter tido um processo
disciplinar) usavam da sua influência para as empresas empregadoras
favorecerem os pupilos da Nova e da Católica.
Lembrar-se-iam também de que a causa remota da vinda do FMI foi a
decisão de Cavaco Silva de revalorizar o escudo, uma manobra
eleitoralista apoiada num falso nacionalismo que retirou a
competitividade externa das economias portuguesas, com as
consequências que o país conheceu depois. O mesmo Cavaco que tinha
responsabilidades directas no descalabro da economia portuguesa deu
depois o golpe ao governo do bloco central quando tudo estava
resolvido, governando em tempo de falsas vacas gordas, à custa da
adesão à CEE que tinha sido conseguida por Mário Soares, do
reequilíbrio das contas externas alcançado num governo liderado pelo
mesmo Mário Soares e da imensidão dos fundos comunitários. Há poucos
dias muitos evocaram o papel do falecido Ernâni Lopes na recuperação
da economia portuguesa, ninguém se recordou de quem foi o responsável
por Portugal ter ido bater à porta do FMI, nesse tempo Cavaco não
tinha tempo para alertar em artigos no Expresso para as consequências
da sua incompetência.
Outro exemplo da preocupação de Cavaco Silva com a protecção da
economia portuguesa e a competitividade das nossas empresas foi-nos
dado quando já era primeiro-ministro. Para reduzir a taxa de inflação
não hesitou em eliminar os mecanismos de protecção negociados durante
a adesão para o sector agrícola e de um dia para o outro sectores como
os cereais, carnes e lácteos deixaram de ter qualquer protecção em
relação à forte concorrência dos produtos vindos dos outros
estados-membros soçobrando face à competitivade da agricultura
europeia.
Cavaco Silva é o pai da conquista de votos a qualquer preço, dos
acordos de concertação social à custa de cedências generalizadas, dos
negócios lucrativos de acções com cotações fixadas por Oliveira e
Costa, da promoção de professores de trabalhos manuais com o 5.º ano a
professores com estatuto de licenciados, da possibilidade de os
funcionários públicos poderem comprar anos de serviço com base em
mentiras o que permitiu a muito boa gente reformar-se com cinquenta
anos porque deram explicações quando tinham doze, dos aumentos de
pensões de reforma em vésperas de eleições, do agendamento de dezenas
de cerimónias de inauguração de obras públicas em vésperas de
eleições, de cerimónias do CCB onde se exibiam publicamente os novos
militantes do PSD, muitos deles promovidos a chefes depois do
competente preenchimento da ficha de militante.
Cavaco Silva é o pai das políticas eleitoralistas sem escrúpulos em
que os votos justificam os meios, da invasão do Estado por milhares de
boys, do enriquecimento fácil à custa do Estado, é o pai espiritual
dos que roubaram mais de 3 mil milhões de euros no BPN que os
portugueses terão de pagar com impostos e cortes de vencimentos. O
candidato presidencial Cavaco não previu o futuro do país num artigo
que escreveu há sete anos, o agora candidato presidencial escreveu o
futuro do país quando foi ministro das Finanças e primeiro-ministro,
escreveu gatafunhos na democracia quando o seu pau mandado inventou
escutas e está a escrever uma página triste na história da instituição
Presidência da República.
Quando Miguel Cadilhe disse que Cavaco Silva era o pai do monstro
pecou por defeito, o candidato presidencial Cavaco Silva é ele próprio
a representação viva do monstro.

In “O jumento” de 22.12.2010.

Cavaco na PIDE

A famosa ficha do Cavaco, no arquivo da PIDE.
Lá esta com a letra dele, Cavaco, "integrado no actual regime politico"...


Ficha de Cavaco na PIDE

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cavaco

Assunto: Os tabus de Cavaco

Um blog mencionado nos debates online do parlamento global e que vale, decididamente, a pena. Credível e esclarecedor: